sábado, 25 de julho de 2009


Dança com Lobos
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O último dos moicanos
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John Wayne








ONCE UPON A TIME IN THE WEST....

Comentarei,agora,um assunto já abordado,mas que rendem vasto material para comentários...os filmes de western...
Um gênero tipicamente americano,mas explorado também em países como Itália e Espanha,como já dito...

O que pretendo é tentar elucidar as mensagens transmitidas por esse gênero de filme.
A questão principal é a formaçaõ da América(leia-se EUA),seus homens e mulheres fortes e corajosos,que desbravaram ambientes inóspitos para construir o que veio a ser uma das nações mais poderosas do planeta.

Essa conquista foi feita com atrocidades contra os índios nativos,exploração humana...e,em diversos filmes dos anos 50/60,os indígenas são vistos,invariavelmente,como selvagens ,cruéis,uma visão maniqueísta,que só mudou décadas mais tarde...."Dança com lobos",por exemplo,vê o índio como uma nação que lutou por sua sobrevivência,sem pré-conceitos...

O mesmo acontece em "O último dos moicanos",há toda uma lealdade,fidelidade,justiça entre os índios...e também mostra aqueles que se corromperam,se venderam ao "homem branco".

Retornando ao passado,quem melhor encarnou o herói do Oeste,que poderia ser considerado símbolo dessa era de lutas,injustiças e coragem foi John Wayne.

Fazendo papéis de xerifes meio desajustados,cavaleiros solitários,John Wayne sempre estava ao lado da justiça e da verdade....Seus filmes e personagens são inesquecíveis...

John Wayne é sinônimo de western...

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Cinema & Música IV

No Cinema Nacional,a música,a trilha sonora também é parte importante da trama...

Pretendo recuar um pouco no tempo e comentar uma trilha que,para mim,é belíssima.Não sei se a melhor de todos os tempos,pois isso é questão subjetiva.Falo da trilha sonora de “Apassionata”,filme de 1952,dirigido por Fernando de Barros,cuja trilha sonora ficou a cargo de Enrico Simonetti.
O enredo gira em torno da pianista Silvia Nogalis(Tonia Carrero),capaz de tudo por sua arte.Após ser acusada de assassinar o marido,um famoso maestro,ela consegue se livrar da culpa,interpretando de modo brilhante “Apassionata”,de Beethoven.
As cenas de praias desertas,onde Silvia encontra o amor e descobre-se a si mesma,emolduradas pelo som de “Apassionata” são sublimes.Ela entrega-se à carreira,desistindo de amar.Não se consegue imaginar o filme sem a música de Beethoven,que reprenta a alma da pianista.Como curiosidade,tais cenas foram gravadas em Itanhaém,litoral sul de São Paulo.
Cinema e música se completam,não se pode imaginar o cinema sem música.Enredo,direção,atores,técnica,trilha sonora,quando bem orquestrados fazem do conjunto uma obra-prima.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Cinema & Música III

Muitos músicos de pop/rock arriscaram interpretar papéis no cinema...Citarei aqui alguns que se destacaram também na tela grande....

Roger Daltrey,vocalista do The Who,emprestou sua bela figura para interpretar "Tommy",personagem-título da ópera rock de sua banda.De 1969,foi dirigido por Ken Russell e e apresenta um elenco de estrelas da música, incluindo os próprios integrantes da banda. Ann-Margret foi premiada com um Globo de Ouro por sua atuação e indicada ao Oscar de Melhor Atriz.Além do The Who,participaram do filme Elton John,Eric Clapton,Robert Powell e Tina Turner.

E ainda falando dos astros de rock dos anos 60,Mick Jagger participou de diversos filmes:Cidadão Havel(2008) (Longa-metragem)Rolling Stones - Shine a Light(2008) (Longa-metragem), Mick JaggerThe Work of Director Mark Romanek (2005) (Longa-metragem), Mick Jagger (segmento "God Gave Me Everything")Memória do Saqueio (2004) (Longa-metragem)A Decade Under the Influence (2003) (Longa-metragem)Confissões de um Sedutor (2001) (Longa-metragem)Enigma (2001)Meu Melhor Inimigo (1999)Saturday Night Live: O Melhor de Mike Myers (1998)Freejack - Os Imortais (1992)Moonwalker (1988) (Longa-metragem), Mick JaggerRunning Out of Luck (1987) (Longa-metragem), MickNed Kelly (1970)Performance(1970) (Longa-metragem)The Rolling Stones - Sympathy for the Devil(1968) (Longa-metragem), Mick Jagger.

David Bowie também fez sucesso no cinema,ao lado de Catherine Deneuve em "Fome de Viver",de 1983.Mas sua filmografia é extensa,também:
Bandslam - Desafio musical (2009) (Longa-metragem)August (2008) (Longa-metragem), OgilvieArthur e os Minimoys (2006) (Longa-metragem)O Grande Truque (2006) (Longa-metragem)The Work of Director Mark Romanek(2005) (Longa-metragem),como David Bowie (segmento "Jump, They Say")Zoolander (2001) (Longa-metragem), como David BowieSaturday Night Live - 25º Aniversário (1999)Basquiat - Traços de Uma Vida (1996)A Última Tentação de Cristo (1988) (Longa-metragem),como Pôncio Pilatos.Filme de Martin Scorcese.Absolute Beginners (1986)Labirinto - A Magia do Tempo (1986) (Longa-metragem), como Jareth, o Rei (Goblin King)Fome de Viver (1983) (Longa-metragem)Furyo - Em Nome da Honra (1983) (Longa-metragem).

Madonna é outro exemplo de cantora pop que brilhou no cinema,tanto em comédias despretensiosas como "Procura-se Susan desesperadamente" ou super-produções,como "Evita".

E a lista continua....Prince,Michael Jackson,Sting(no péssimo "Duna").....
Cinema & Música,como já dissemos,sempre andaram juntos...Nada mais natural do que esse intercâmbio entre atores e músicos...é saudável e contribui para enriquecer e trocar informações...

domingo, 12 de julho de 2009










Em ordem:Psicose,Fellini 8 e 1/2 ,Edward Mãos de Tesoura,Os fantasmas se divertem...

Cinema & Música II

Voltemos ao tema....Além dos excelentes Nino Rota e Ennio Morricone,temos também Bernard
Herrmann,cujo talento como compositor pontuou filmes como "Citizen Kane"(Cidadão Kane) e diversos filmes de Alfred Hitchcock (notadamente a famosa trilha sonora de "Psycho"-Psicose).A cena do chuveiro não seria a mesma sem a trilha sonora de Herrmann.

Músicos de pop/rock também emprestaram seu talento para as trilhas sonoras de cinema...

Como exemplo,podemos citar uma dupla de sucesso,que é Tim Burton/Danny Elfman,da banda americana Oingo Boingo.
Elfman começou a compor para o cinema com a trilha sonora de "Forbidden Zone", e realizou tgrabalhos para filmes independentes e peças de teatro.
O primeiro trabalho para um filme de grande orçamento foi em "Pee-wee's Big Adventure "(A Grande Aventura de Pee-Wee).

A parceria de maior sucesso deu-se com o diretor Tim Burton:
Beetlejuice (Os Fantasmas se Divertem)
Batman
Batman Returns (Batman - O Retorno)
Edward Scissorhands (Edward Mãos-de-Tesoura)
Sleepy Hollow (A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça)
Mars Attacks!(Marte Ataca!)
Big Fish (Peixe Grande e suas Histórias Maravilhosas)
Charlie and the Chocolate Factory (A Fantástica Fábrica de Chocolate)
The Nightmare Before Christmas (O Estranho Mundo de Jack)
Corpse Bride(A Noiva Cadáver)
Spider-man (Homem-Aranha)
Simpsons,o filme
Wanted (O Procurado)

O estilo musical de Elfman ajuda a conferir um clima sombrio, gótico, típico dos filmes de Burton.
Como compositor de trilhas sonoras, Elfman foi influenciado por Nino Rota, Bernard Herrmann e Carl Stalling.
Um de seus maiores sucessos foi com a canção Weird Science (Mulher Nota Mil) nos anos 80.

Bandas como Pink Floyd("The Wall"),The Who("Tommy") realizaram óperas-rock,filmes musicais cujo enredo foi composto pelas bandas,em forma de canções,depois lançadas também em álbuns de vinil,na época.
São sucesso até hoje e se tornaram clássicos...

O músico Prince também aventurou-se,nos anos 80,com algo semelhante,"Purple Rain",mas sem a qualidade dos anteriores,a meu ver...

E este tema é inesgotável...Música & Cinema sempre andaram juntos...
A seguir,falarei um pouco sobre músicos que arriscaram papéis na tela grande...

sábado, 11 de julho de 2009

Cinema & Música

A música,a trilha sonora,desde os tempos do Cinema mudo,quando orquestras ao vivo sonorizavam os filmes nas salas de exibição,faz parte importante da sétima arte...pontua as cenas para enfatizar a ação,o drama,um clima romântico...

Muitas trilhas sobrevivem sem os filmes....outros,aproveitam canções de sucesso e as incorporam à suas tramas...e aqui,não falo de musicais,mas de filmes de outros gêneros,dramas,westerns....

Muitos compositores tornaram-se par constante de determinados cineastas,e suas trilhas sonoras tornaram-se clássicos....

Como exemplo,podemos citar Ennio Morricone.Seu nome ficou eternizado nas trilhas de Spaghetti Western,dirigidos por Sergio Leone.A música de "The good, the bad and the ugly" ("Três homens em conflito"-1966) é um clássico...sinônimo de "filmes de cowboy"....ao ouvi-la,podemos visualizar aquelas imagens desérticas dos filmes desse gênero...
Outras trilhas realizadas para Sergio Leone foram " Por um Punhado de Dólares" (1964), "Por mais alguns dólares" (1965), e "Aconteceu no Oeste" (1968).
Morricone ainda assinou as trilhas de Era uma vez na América (1984), A Missão (1986), Os Intocáveis (1987), Cinema Paradiso (1988), Lolita (1997), Malèna (2000) e Missão a Marte (2000).

Uma outra parceria de sucesso é a de Fellini com o compositor Nino Rota,que emprestou seu talento também para produções de Lucchino Visconti e Francis Ford Coppola.
Seus sucessos com Fellini podem ser ouvidos em "8 e 1/2","La dolce vita" e "Amarcord";com Coppola,compôs a trilha de "O Poderoso Chefão" e com Visconti,"A noite branca".

Estes foram apenas dois exemplos de compositores eternizados pela tela grande...Há muitos outros,inclusive da música pop.

Voltaremos,em breve,ao assunto...

quinta-feira, 9 de julho de 2009




O menino do pijama listrado....
Vicky Cristina Barcelona(foto menor)

RESENHAS...

Assisti ,faz pouco dois filmes recentes,sucesso nos cinemas ,e pretendo tecer aqui minhas considerações de uma simples admiradora da sétima arte...
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O primeiro deles é "Vicky Cristina Barcelona" do endeusado pela crítica,Woody Allen.Particularmente,não gostei desse filme.Achei-o um tanto monótono..É classificado como comédia,mas as cenas que seriam cômicas nos fazem esboçar,quando muito,um leve sorriso,como quando uma das personagens,Cristina,tem um ataque de úlcera,quando está prestes a ter uma noite de amor...
O tema,que gira em torno de relacionamentos amorosos,com diálogos "inteligentes" e a liberdade dos americanos em terras latinas(Espanha,no caso),pareceu-me desenvolvido em um roteiro um tanto vazio....cheio de clichês.

E no quesito "filmes sobre relacionamentos amorosos e diálogos inteligentes" ,prefiro "Closer"....

Em "Vicky Cristina Barcelona" há um narrador onisciente,que "explica" o passado das personagens,seus sentimentos e dúvidas no momento que,a meu ver também não funcionou muito bem....Parece querer dar um ar de documentário de comportamento de duas jovens americanas típicas em férias de verão...
O que há de melhor no filme são as presenças dos lindos e talentosos Javier Barden e Penelope Cruz...

Woody Allen já teve dias melhores,como com os comoventes "A rosa púrpura do Cairo","A era do rádio"....e,mais recentemente,"O sonho de Cassandra" e "Poderosa Afrodite"....

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Por outro lado,o outro sucesso que assisti , "O menino do pijama listrado",filme britânico,baseado no livro de John Boyne direçaõ de Mark Herman,é simples,belíssimo....
O tão explorado tema da Segunda Guerra Mundial é visto sob o prisma de um garotinho alemão,cujo pai comanda um campo de concentração.
A amizade deste garotinho alemão com um pequeno prisioneiro,a inocência do primeiro,diante da realidade cruel do amigo,é narrada de forma envolvente...
O final é um dos mais impressionantes que vi recentemente...choca,me fez perder o sono,pensando....o filme condena o horror da guerra,o preconceito e valoriza a amizade pura e verdadeira,acima de tudo...
Esse vale muito a pena assistir....
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São apenas as opiniões pessoais dessa colaboradora...

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Cinema &bEsporte III


"Carruagens de Fogo" (Chariots of Fire, 1981) ,com direção de Hugh Hudson e roteiro de Colin Welland é,sem dúvida,um dos mais belos filmes sobre superação de limites...


Em 1924, dois atletas britânicos competem entre si nas Olimpíadas de Verão. Um deles é um missionário devoto que corre em nome de Deus. O outro é um estudante judeu que corre para ser famoso e escapar de preconceitos. Vencedor do Oscar de Melhor Filme e com uma trilha sonora inesquecível...É um filme comovente...


E o Esporte ainda servirá como inspiração para muitos outros grandes filmes....

Cinema & Esportes II

Continuando,ainda sobre boxe,temos o comovente "Menina de Ouro"(2004),dirigido por Clint Eastwood,com ele,Morgan Freeman e Hillary Swank nos papéis principais...
Eastwood faz o papel de um treinador de boxe que já conquistou vários títulos. É quando aparece em sua academia Maggie Fitzgerald. O problema é que Frankie nunca aceitou ser o treinador de mulher alguma. O relacionamento de ambos vai crescendo, enquanto Maggie trabalha duro para se sustentar e ajudar sua família. Após muito esforço ela consegue com que Frankie seja seu treinador. Os dois juntos conseguem muitas vitórias, Maggie se torna uma ótima lutadora, até que um acontecimento muda definitivamente o destino dessas duas pessoas.
O boxe também é usado como metáfora de superação....Maggie supera as dificuldades familiares,a proximidade da morte,tudo para realizar um sonho...
Vencedor merecido de 4 Oscars,inclusive melhor filme.

-"Touro indomável",de Martin Scorcese,de 1980,com Robert de Niro,é outro filme que aborda o boxe.Conta a vida desregrada de Jake LaMotta, um filho de imigrantes italianos, que se torna pugilista da categoria peso-médio e era conhecido como "o touro do Bronx".

Mudando de esporte,o baseball,tipicamente americano,foi retratado em vários filmes.Destacamos:

-"Hustle"(2004),de Peter Bogdanovich,com Tom Sizemore;
-"Desafio do destino"(2002),de John Lee Hancock,com Dennis Quaid;
-"Por amor"(1999),de Sam Raimi,com Kevin Costner;
-"Jogada de verão"(2001),de Michael Tollin,com Freddie Prinze Jr;
-"O campo dos sonhos"(1989),de Phil Alden Robinson,também com Kevin Costner,um filme comovente....

E há muitos outros...

Cinema & Esportes


Já comentamos aqui a parceria Cinema/Futebol,mas não é só o esporte bretão que serviu de inspiração para bons roteiros cinematográficos...


O esporte,de modo geral,serve para fortalecer o indivíduo,não só fisica,mas espiritualmente..."Mens sana in corpore sano"....Através do esporte,individual ou em grupo,aprende-se a lutar por um objetivo,superar limites,respeitar o "adversário"....faz bem para o crescimento do ser humano...


O Cinema aproveitou esse lado dramático do esporte e produziu excelentes filmes....Boxe,corrida,baseball....várias modalidades foram retratadas e transformaram-se m filmes inesquecíveis...Citarei alguns,aqui,a meu ver os mais marcantes...


-A série "Rocky,o lutador",com Sylvester Stallone,é um filme bastante popular(possuiu 6 continuações) e retrata a vida de um boxeador,de origem humilde que,através do esporte,consegue progredir na vida.O personagem é dedicado,não desiste de seu objetivo...vencer!


O primeiro filme é de 1976 e dirigido por John G. Avildsen.A saga do personagem Rocky Balboa se propaga em Rocky 2 - A Revanche (1979), Rocky 3- O Desafio Supremo (1982), Rocky 4(1985), Rocky 5(1990) e Rocky Balboa (2006).


Mas é um pouco "americano" demais,mostra os EUA como o país das oportunidades,e Rocky,a partir do segundo filme,usa um calção com as cores da bandeira americana.

No episódio 4,o inimigo a ser combatido é a URSS,salientando ainda mais o espírito americanista da série.No episódio 6,Rocky volta aos ringues,aós perder a esposa,mas é derrotado...o que nãoimporta,pois ele se superou tendo uma nova chance de lutar...E a mensagem que passa é"nunca desista de seus sonhos..."


Talvez por causa desse otimismo e o fato de Rocky lutar mais com o coração do que com os punhos é que a série tenha alcançado tamanho sucesso de público...Foi vencedor de alguns Oscars,inclusive o de filme em 1977.


domingo, 5 de julho de 2009

IMAGENS CLÁSSICAS IV

Gilda,Rita Hayworth


Não precisa legendas...o mais belo filme da história...

A bela Marilyn...




Heidy Lamarr(ao lado) e Joan Crawford(acima),já madura...




IMAGENS CLÁSSICAS III











Mais da bela Gene Tierney...

Cinema & Futebol




Duas formas de entretenimento bastante populares,o cinema e o futebol já renderam algumas parcerias na tela grande.


Até mesmo Pelé já se aventurou como ator...Além dele, Garrincha e Zico, já apareceram na tela grande, seja em documentários, cinebiografias ou trágicas ficções.


Dentre esses, Mané se saiu melhor, ao ter sua vida retratada no brilhante documentário “Garrincha - Alegria do Povo” (1962), de Joaquim Pedro de Andrade. Mas o ex-craque do Botafogo também foi “presenteado” com a trágica cinebiografia “Garrincha-Estrela Solitária" (2005), com André Gonçalves e Taís Araújo.


Já o melhor jogador de todos os tempos não recebeu um documentário tão bom sobre sua carreira. “Pelé Eterno”, tem pontos altos, como o vasto acervo de gols do Rei do Futebol, mas erra feio ao tentar dramatizar a história do mito.


Pelé aparece ainda na bizarra ficção “Fuga para Vitória”, que conta com Michael Caine e Sylvester Stallone.


Mas sem sombra de dúvida ,o craque que se saiu pior na telona foi Zico ,que estrelou o péssimo “Uma Aventura do Zico”, de Antônio Carlos da Fontoura.




Além destas incursões de ídolos do futebol no Cinema,outros cineastas brasileiros se inspiraram no tema em trabalhos ficcionais...




- “Boleiros - Era uma Vez o Futebol”(1998), que ganhou uma fraca continuação, “Boleiros 2 - Vencedores e Vencidos”(2006),com Denise Fraga e o (fraco)Cássio Gabus Mendes,ambos dirigidos por Ugo Giorgetti;


- “O Dia em que o Brasil Esteve Aqui”, sobre o amistoso que a Seleção Brasileira realizou no Haiti em 2004, que parou a guerra civil do país.Filme /documentário lançado em 2006 e dirigido por Caíto Ortiz e João Dornelas;


- “O Casamento de Romeu e Julieta”, que, apesar de contar com diversos clichês de comédias românticas, mostra bem a paixão do brasileiro por seu clube, a partir da performance de Luís Gustavo.Um filme com atores da TV Globo e a rivalidade entre as famílias de Romeu e Julieta,dá-se por causa dos times para quem os protagonistas torcem,Corinthians e Palmeiras(de SP).Filme de 2005,dirigido por Bruno Barreto;


- “Todos os Corações do Mundos”, que na verdade não é uma produção nacional, foi produzida pela Fifa, mas é dirigida pelo brasileiro Murilo Salles,de 1995;


-"O ano em que meus pais sairam de férias",de 2006,dirigido por Cao Hamburger,que narra a história de um garoto,cujos pais o deixam inesperadamente com o avô paterno, por terem que fugir devido à repressão da ditadura militar. Tem como pano de fundo a Copa de 1970.Um bom filme...Com Paulo Autran, Simone Spoladore e Caio Blat.

E essa "parceria",sem dúvida,ainda renderá diversos trabalhos....Falta apenas mencionar os diversos vídeos amadores sobre times,jogos,torcidas que pululam no democrático youtube...

Afinal,o homem precisa de comida,diversão,arte ...e futebol...
*Foto acima:"O ano em que meus pais sairam de férias"

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Filmelândia
















O CINEMA E A MÍDIA

REVISTAS DE CINEMA

Caiu-me às mãos uma coleção da revista de cinema "Filmelândia",que circulou nos anos 50/60,publicada pela Editora Rio Gráfica,hoje Editora Globo.
Na mesma época,circulava,também,a revista "Cinelândia".

A "Filmelândia" possui fotos belíssimas dos lançamentos cinematográficos da época,em p & b.E diversas curiosidades em seu conteúdo...Vale ressaltar que,pelo tipo de "reclame"(como a publicidade era chamada,na época),a revista destinava-se mais ao público feminino...

Além dos gossips(fofocas),presentes neste tipo de publicação até hoje,haviam "trívias",jogos de perguntas sobre determinado ator/filme,com respostas no número anterior;o "filme quadrinizado",uma espécie de foto-novela,mas com fotos de um filme da época(em geral,não mais do que seis quadros,duas páginas da publicação) ,e o mais inusitado: os lançamentos de filmes da semana no Brasil(periodicidade da publicação) não eram resenhados como hoje em dia,apresentando o comentário do crítico e uma sinopse do enredo.
A história do filme era contada em sua íntegra,inclusive com reprodução de diálogos e seu final!!Algo meio estranho....
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A revista,com uma bela capa em cores,apresentava,ainda biografias de astros da época.
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Hoje em dia,a divulgação de filmes é feita por revistas especializadas(como a Set),jornais,TV....mas sua principal aliada é,sem dúvida,a Internet,para o bem ou para o mal.
Pois se a Internet ajuda a divulgar os filmes,também facilita as chamadas cópias piratas...muitas vezes,películas que nem estrearam já circulam livremente na rede e depois são vendidas em cópias "alternativas"...
Isso fere os direitos autorais,mas por outro lado,pode ajudar a popularizar e divulgar um filme...uma questão polêmica,que está longe de ter solução...
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sábado, 20 de junho de 2009

DVDs "genéricos"

Esse assunto gera polêmica e discussão....Se,por um lado os DVDs piratas,que chamei "genéricos",levam o Cinema para perto de pessoas mais carentes,que não possuem recursos para frequentar salas de exibição ou comprar DVDs originais,por outro lado,está incentivando o crime.
Pois há que se pensar nos direitos autorais do artista,que têm seu ganha pão roubado ,dessa maneira...
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Que atire a primeira pedra quem nunca comprou um DVD pirata...Em grandes ou pequenas cidades,são vendidos em feiras livres,ruas,por R$3,00 cada,em média...Filmes,CDs musicais,programas de computador,jogos de video games...Tudo é pirateado...
E,pasmem,a maioria das cópias vem da Ásia(China)....Desse modo,tal prática tira o emprego de muitos brasileiros,mas permite que outros tirem seu sustento dessa forma de comércio...
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Voltando,o artista doa sua vida,suor,horas de trabalho,inspiração,dedicação e acaba nada ganhando em troca...
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O que seria preciso seria baratear o preço ao consumidor de ingressos de cinema,DVDs,livros,para que mais pessoas tivessem acesso e ninguém saisse perdendo...
Afinal,quem mais lucra são as grandes indústrias de entretenimento!
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Enquanto isso não acontece,a populaçaõ em geral continuará a consumir os "genéricos"...uma forma de lazer e cultura acessível a todos...E,garimpando,encontramos clássicos como "Casablanca" ,até filmes atualmente em cartaz...
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Como disse acima,é um tema delicado,que ocorre também na área literária...trabalho como tradutora e já tive alguns percalços por conta de direitos autorais...
E isso está longe de se resolver...
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Particularmente,apesar das perdas artísticas,não condeno essa prática e,confesso,também sou consumidora desses "genéricos"....

quinta-feira, 11 de junho de 2009

IMAGENS CLÁSSICAS II















O Boulevard do Crime,Duelo ao Sol,Da terra nascem os homens,Do destino ninguém foge...

IMAGENS CLÁSSICAS
















Gene Tierney,Greta Garbo(A Dama das Camélias),John Wayne,Bogart & Ingrid Bergman....

RESENHA CRÍTICA II

Hoje não vou falar,aqui,sobre um filme em particular,mas sobre uma época,a chamada “Era de Ouro de Hollywood”,os anos 30/40/50...
Tenho assistido muitos filmes antigos,ultimamente,a maioria clássicos cultuados,nos gêneros Western,Drama,Musical...meus preferidos.
Pude constatar que a maioria leva jus à fama que possui....poucos me decepcionaram,dos que não conhecia....e,muitos,revistos,pareceram ainda melhores.
Vale notar que tais filmes não possuíam os recursos técnicos de hoje,valorizava-se o trabalho do ator,a criatividade e competência do diretor....e é impressionante a quantidade de figurantes,inclusive animais,em muitos deles(sem o computador para transformar cem figurantes em centenas de milhares).

As novas gerações desconhecem tais filmes,ou tem preconceito,mas quem gosta de Cinema como arte e entretenimento tem obrigação de fazer essa viagem pelos seus primórdios.

Destaco,no gênero Western,os filmes de John Wayne...Um deles,dos anos 30,com belíssima fotografia em p & b,impressiona pelas cenas com o gado atravessando os rios,várias diligências em viagem,centenas de figurantes....tudo isso com os parcos recursos dos anos 30!!Falo de “A grande jornada”...Vale assistir!Isso sem falar da parceria de sucesso John Wayne/John Ford,que renderam aventuras memoráveis...

Em drama,o trabalho das grandes atrizes,Bette Davis,Lana Turner,Gene Tierney,são maravilhosos,mesmo em filmes menores,como “Um destino roubado”,com Bette Davis.

O Cinema Europeu,até hoje mais voltado para a Arte e não a Indústria,nos reserva belos filmes desta época....Destaco o pouco conhecido "O Boulevard do Crime",de 1945,sobre o teatro de Vaudeville francês no século XIX.Um filme lírico,romântico,lindo....
Já o cultuado "A Bela da Tarde",de Luis Buñuel,pareceu-me um pouco datado,mas deve-se assistir pela belíssima Catherine Deneuve...

Enfim,quem tiver a oportunidade de garimpar e assistir filmes clássicos vale muito a pena...uma comparação com o que a indústria produz atualmente é bem interessante...pois,sem recursos,valoriza-se a Arte e não a tecnologia,coisa rara atualmente.

Mais informações sobre esses clássicos no tópico “Último filme que assisti” na Comunidade,Cinema:fonte de conhecimento....

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Títulos dos filmes e suas traduções

Em nossa comunidade do orkut,Cinema:Fonte de Conhecimento,temos um tópico referente a esse assunto,com títulos "curiosos" aqui no Brasil e em Portugal.

http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs.aspx?cmm=78328377&tid=5300165926294486149
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Como tradutora,pretendo expor aqui algumas considerações....Costuma-se dizer que "o tradutor é um traidor (traduttore, traditore), um provérbio italiano,pois ele não é capaz de ser fiel ao texto original. Para a maioria das pessoas, uma boa tradução é aquela que precisamente não se parece com uma tradução. Ou seja, o tradutor deve ser invisível e deve limitar-se à transmissão do significado do original, por meio de um texto fluente."
http://blogs.ua.pt/blogs/36074/?cat=6
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Entretanto,desconhece-se que os títulos não são escolha do tradutor....As distribuidoras os impõem ,visando o mercado...um título deve ser o chamariz para um filme,atrair o público,provocar a vontade de assisti-lo...

Ninguém iria ver um filme chamado "A milha verde"(The green mile),por exemplo...Mas,"À espera de um milagre" soa muito mais atrativo em português...
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Outro ponto é a obrigatoriedade de se manter os títulos originais,imposta pelos estúdios...Por isso,alguns filmes ficam com ambos os títulos,como uma "explicação" em português....
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Portanto,da próxima vez que você ver um título de filme um tanto estranho,não culpe a "pobre" classe dos tradutores...

domingo, 24 de maio de 2009

Cannes 2009-Premiados

Esta é a relação o dos vencedores do 62º Festival de Cannes, cuja Palma de Ouro foi entregue neste domingo ao filme "A fita branca", do austríaco Michael Haneke.

PALMA DE OURO: "Das weisse Band" ("A fita branca") de Michael Haneke

GRANDE PRÊMIO: "Un prophete" ("Um profeta") de Jacques Audiard

MELHOR ATRIZ: Charlotte Gainsbourg por "Anticristo" de Lars von Trier.

MELHOR ATOR: Christoph Waltz por "Inglourious basterds" ("Bastardos inglórios") de Quentin Tarantino.

MELHOR DIREÇÃO: "Kinatay" (Matança) de Brillante Mendoza.

PRÊMIO DO JÚRI: "Fish tank" de Andrea Arnold e "Thirst" de Park Chan-wook.

MELHOR ROTEIRO: Feng Mei por "Spring Fever" de Lou Ye.

PALMA DE OURO DE CURTA-METRAGEM: "Arena" de Joao Salaviza

CÂMERA DE OURO: "Samson and Delilah", de Warwick Thornton.

PRÊMIO EXCEPCIONAL DO JÚRI: Alain Resnais pelo conjunto da obra.
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FONTE:http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5jUzBElf9aY1SorzbZ-I8kW0JvmDA
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Mais informações:
http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs.aspx?cmm=78328377&tid=5299302878386158725&na=2&nst=93

sexta-feira, 22 de maio de 2009

GRANDES DIRETORES-Federico Fellini

A ESTRADA DA VIDA
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Excelente!!Acabei de ver...confesso que nunca havia assistido.Um Fellini impecável,comovente....Giulieta Masina e Anthony Quinn estão perfeitos em seus papéis....há um amor não declarado entre eles,o que se torna evidente no final......a cena do remorso e solidão de Zampano...
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...e a mensagem do filme é linda....A cena em que o personagem "Louco" diz a Gelsomina que tudo na vida tem importância e razão de existir,até mesmo uma simples pedrinha,é uma das mais bonitas.....Muitas vezes,como a personagem,pensamos o que estamos fazendo aqui...um vazio toma conta de nossa alma...Mas Deus tem um propósito para cada um de nós,para cada coisa existente na natureza,por mais insignificante que possa parecer.
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Fellini é de uma sensibilidade incrível nesse filme...
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Sinopse: Gelsomina é vendida por sua mãe para Zampanò. Ambos não têm nada em comum: o jeito ingênuo e humilde da jovem é o oposto da rudeza de Zampanò, um artista mambembe. A chegada de um equilibrista que admira especialmente Gelsomina trará acontecimentos inesperados.
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Elenco: Giulietta Masina, Richard Basehart, Anthony Quinn, Aldo Silvani, Marcella Rovere, Livia Venturini, Gustavo Giorgi, Yami Kamadeva, Mario Passante, Anna Primula
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Direção: Federico Fellini
Ano: 1954
País: Itália
Gênero: Drama
Duração: 104 min. / p&b
Título Original: La Strada
Título em inglês: The Road

segunda-feira, 18 de maio de 2009

FESTIVAL DE CINEMA DE CANNES- BRASIL

Durante a história do Festival de Cinema de Cannes,o Brasil marcou sempre presença.
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A participação mais marcante foi com o premiado com a Palma de Ouro,"O Pagador de Promessas",em 1962.Dirigido por Anselmo Duarte, foi o primeiro filme em língua portuguesa a receber o principal prêmio de Cannes.
Mas antes,em 1953,"O Cangaceiro",de Lima Barreto levou oprêmio de Melhor Filme de Aventura.
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Eis a lista dos premiados brasileiros em Cannes:
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1953 - Melhor Filme de Aventura - O Cangaceiro, de Lima Barreto.
1962 - Palma de Ouro - O Pagador de Promessas, dirigido por Anselmo Duarte, primeiro filme em língua portuguesa a receber o principal prêmio de Cannes.
1967- Prêmio da Crítica Internacional - Terra em Transe, de Glauber Rocha.
1969 - Melhor Direção - Glauber Rocha, por O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro.
1977 - Prêmio Especial do Júri - curta-metragem - Di Cavalcanti, de Glauber Rocha.
1982 - Melhor Curta-Metragem de Animação - Meow, de Marcos Magalhães.
1986 - Melhor Interpretação Feminina - Fernanda Torres, por Eu Sei que Vou Te Amar, de Arnaldo Jabor.
2002 - Primeiro Prêmio Cinéfondation (para filmes universitários de até 60 minutos) - Um Sol Alaranjado, de Eduardo Valente.
2008 - Prêmio Un Regard Neuf na seção paralela Quinzena dos Realizadores - Muro, de Tião.
2008 - Melhor Interpretação Feminina - Sandra Corveloni, por Linha de Passe.
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Em 2008,o Brasil foi representado pelo excelente "A festa da menina morta",dirigido pelo ator Matheus Nachtergaele,que foi selecionado para a mostra "Um certo olhar", parte da seleção oficial de Cannes, mas fora de competição;"Linha de Passe",de Walter Salles e Daniela Thomas,premiado com a melhor interpretação feminina;e "Ensaio sobre a cegueira",de Fernando Meirelles,que abriu a Mostra do ano passado.
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Este ano,em sua 62°edição,Cannes recebe "À deriva",de Heitor Dhalia, com Vincent Cassel e Deborah Bloch no elenco, em mostra fora de competição,a mostra paralela "Um certo olhar".
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"Ter um filme selecionado em Cannes é ver um sonho se realizando. Há dois anos, estive lá justamente para anunciar o projeto de 'À deriva'. Quem é cinéfilo sabe o que essa notícia significa..." - disse Dhalia, cujo filme é uma co-produção americana O2 Filmes (de Fernando Meirelles) e a Focus Fearures.
"À deriva" é protagonizado pelo francês Vincent Cassel (de "Senhores do crime" e "Irreversível"). Casado com a musa italiana Monica Bellucci, ele fala português em todo o filme no papel do marido de Clarice, personagem vivida por Deborah Bloch. A filha de 14 anos do casal, cujo papel coube à estreante Laura Neiva, faz o rito de passagem para a idade adulta em meio às descobertas do amor, a traição do pai e a separação na família. A brasileira radicada no exterior Camilla Belle (de "10.000 A.C.") vive a amante de Vincet Cassel. Cauã Reymond faz uma participaçã especial.
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Outros brasileiros a participarem são Eduardo Valente,com seu primeiro longa,"No meu lugar";e "Chapa", curta-metragem dirigido pelo estudante da Fundação Armando Álvares Penteado Thiago Ricarte, foi selecionado para ser exibido na paralela Cinéfondation, que dá espaço a trabalhos de estudantes de cinema.

domingo, 17 de maio de 2009

Cannes 2009-Imagens




Fotos:
*Beldades posam para fotos no quarto dia do festival de CannesMonica Bellucci e Sophie Marceau foram aplaudidas neste sábado (16).As atrizes estão no elenco do filme 'Ne te retourne pas', de Marina De Van.
*Heath Ledger aparece em imagem do filme "The imaginarium of Doctor Parnassus", do diretor Terry Gilliam, que será lançado no Festival de Cannes no dia 22 de maio. O longa marcou o último papel de Ledger no cinema, antes de sua morte, em janeiro de 2008. Como o falecimento aconteceu antes do fim das filmagens, o cineasta optou por substituir o ator por Johnny Depp, Jude Law e Colin Farrel, que interpretam o mesmo personagem. A trama gira em torno de um ilusionista que faz um pacto com o diabo para adquirir a imortalidade e manter sua juventude.


sexta-feira, 15 de maio de 2009

Festival de Cannes-2009

Acompanhe as notícias do Festival visitando o tópico de nossa comunidade,Cinema:Fonte de Conhecimento:

http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs.aspx?cmm=78328377&tid=5299302878386158725&na=4&nst=27&nid=78328377-5299302878386158725-5334579295734736772

Festival de Cinema de Cannes

Sobre o Festival
História

O Festival de Cannes foi criado por Jean Zay, ministro da Instrução Pública e de Belas Artes da França, no final de década de 30 quando, que chocado com a atitude conservadora dos governos fascistas e alemão em relação à Mostra de Veneza, propôs um festival de cinema de nível internacional.
A primeira edição, que deveria ter acontecido em 1939 mas foi cancelada devido ao início da Segunda Guerra Mundial, ocorreu em 1946 com a entrega de vários prêmios para todos os países participantes.
Os festivais de 1948 e 1950 não ocorreram por problemas financeiros, mas já em 1955 foi introduzida a Palma de Ouro como principal prêmio do evento.
Desde então, o Festival de Cannes acontece todos os anos na cidade de francesa da Cote d’Azur e premia curtas e longas metragens do mundo todo, produzidos por estudantes, iniciantes e pelos grandes mestres do cinema.

Estrutura
Por ter sido o primeiro a apresentar diferentes mostras paralelas ao mesmo tempo, o Festival de Cannes pode parecer um pouco confuso para quem não o conhece.
Tratam-se de quatro organizações que administram dez seções que forma o festival. As principais são: os Filmes em Competição, os Filmes fora de Competição, a Mostra Um Certo Olhar, a Semana da Crítica, a Quinzena dos Diretores e o Cinde-fundação, que exibem diferentes tipos de filmes que concorrem aos diversos prêmios do festival.
Em algumas dessas mostras, os filmes são apenas exibidos, não concorrendo a nenhum prêmio. Antes de qualquer outra coisa, o Festival de Cannes é um grande evento valorizado por reunir e divulgar diferentes tipos de produções escolhidas não apenas por seu valor comercial, mas por sua importância artística e inovadora dentro da indústria da sétima arte.

Prêmios

Longa-metragens em competição:
Palma de ouro (Palme d'or) - para o melhor filme
Grande prêmio (Grand Prix) - para o filme que manifesta a maior originalidade ou espírito de pesquisa.
Prêmio de interpretação feminina -(Prix d'interprétation féminine) recompensa a melhor atriz.
Prêmio de interpretação masculina -(Prix d'interprétation masculine) recompensa o melhor ator.
Prêmio de adaptação (Prix de la mise en scène) -recompensa o melhor diretor.
Prêmio de cenário - (Prix du scènario) recompensa o melhor cenarista.
Prêmio do Júri (Prix du jury)

Curta-metragens fora de competição
Palma de ouro do curta-metragem (Palme d'or du court métrage) - recompensa o melhor curta-metragem.

Prêmio do júri (Prix du jury du court métrage)
Seleção oficial
Câmera de ouro (Caméra d'or) – Entregue durante a cerimônia de encerramento, esse é o prêmio mais abrangente do festival porque pode premiar filmes que estão fora da mostra competitiva como os da Mostra Um Certo Olhar, os da Quinzena dos diretores e os da Semana da crítica.

Um Certo Olhar (Un Certain regard) – para um dos filmes apresentados durante a Seleção com o privilégio de receber ajuda para sua distribuição na França.

Cine-fundação (Cinéfondation) – Criado em 1998, esse prêmio é dedicado aos três melhores trabalhos de conclusão de curso de estudandes de cinema e é entregue durante uma cermônia especial.

FONTE:http://br.cinema.yahoo.com/promo/cannes/sobreofestival.html

CINEMA E CAUSAS SOCIAIS

Já discutimos neste espaço a utilização do Cinema na Educação,como forma de incentivar e levar Cultura e conhecimento a crianças que jamais viajariam de outra forma.

O Cinema,além de entretenimento,por ser veículo de comunicação de alcance infinito,pode e deve ser usado para a conscientização e divulgação de causas sociais.

Não falo sobre Documentários,mas sobre filmes de ficção....o Cinema tem a capacidade de transmitir mensagens,nos enriquecer de alguma forma..Mesmo o dito Cinema comercial deixa em nós alguma coisa,nem que seja uma leveza de alma após se assistir a uma comédia,por exemplo.

Portanto,nada mais justo que aproveitá-lo em prol destas causas.Vamos a alguns exemplos:

Filmes sobre Educação,educadores que fizeram a diferença,mudando a vida de jovens de lugares pobres,jovens sem esperança no futuro,muitos baseados em fatos reais,desempenham o papel de incentivador de professores ,por vezes desiludidos e desanimados com a falta de apoio.

Com esta temática,citemos,para ilustrar o belo MENTES QUE BRILHAM,com Halle Berry, e o filme nacional,de 2008,ORQUESTRA DOS MENINOS, baseado em uma história real, ocorrida em São Caetano, pequeno município vizinho a Caruaru, no agreste de Pernambuco.

Ambos ilustram a dedicação de professores a causas que todos acham perdidas,mas,com dedicação e perseverança conseguem “virar o jogo” e mostrar o valor e talento dessas pessoas.

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Os filmes também podem levar mensagem contra o preconceito,explanando sobre doenças,por exemplo.O premiadíssimo FILADELFIA ajudou a desmistificar e divulgar o problema da AIDS,mostrando a realidade de uma pessoa portadora do vírus.

Já PATCH ADAMS,O AMOR É CONTAGIOSO ,com Robin Williams,é uma homenagem ao médico criador da terapia que,no Brasil,deu origem aos “Doutores da Alegria”,pessoas que levam um pouco de diversão a crianças em tratamento de câncer.

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Estes são apenas alguns exemplos.

Concluindo,nós,como espectadores e admiradores dessa arte,devemos prestigiar filmes com essa temática social para que mais e mais filmes sejam produzidos,levando mensagens de solidariedade para cada vez mais pessoas...

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Aqui,citamos filmes de ficção.Mas documentários ou filmes publicitários também podem cumprir esse papel em veículos como a TV,por exemplo,que ainda hoje,mesmo em tempos de Internet,alcança um maior número de pessoas.

Não importa como,até mesmo no “boca a boca”,o que importa é que,cada vez mais pessoas se conscientizem que podem fazer a diferença na Sociedade...para que nosso mundo se torne um lugar melhor para se viver...e por que não utilizar o Cinema para isso?...

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Para maiores informações sobre Cinema e Documentário,consulte o site:
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http://www.bocc.ubi.pt/pag/Altafini-thiago-Cinema-Documentario-Brasileiro.html

CINEMA DOCUMENTÁRIO

O cinema documentário pode ser considerado como uma fonte de pesquisa e ensino da história? Sim, mas esse gênero cinematográfico pode, também, significar para realizadores, estudiosos e espectadores uma prova da "verdade", uma vez que trabalha diretamente com imagens extraídas da realidade. É comum se imaginar o filme documentário como a expressão legítima do real ou se crer que ele está mais próximo da verdade e da realidade do que os filmes de ficção.
Raramente o cinema-documentário brasileiro se opõe à visão histórica oficial, predominante na maioria dos nossos filmes, que consiste na criação dos seus heróis com base no pensamento histórico-naturalista.
As definições do filme naturalista e a sua relação com a visão histórica são apontadas lucidamente pelo teórico de cinema Jean-Claude Bernardet e pelo historiador Alcides Freire Ramos. Resumimos em cinco pontos esse entendimento: 1) o filme histórico naturalista oferece às pessoas a ilusão de estarem diante dos fatos narrados; 2) a estética naturalista constitui-se mediante uma manipulação muito particular do conjunto de elementos que compõem a linguagem cinematográfica; 3) o filme histórico naturalista propõe uma leitura única da história e acaba impondo uma visão do presente que interessa às pessoas que conceberam a realização; 4) o espectador quase nunca questiona em qual linha teórica a história do filme está sendo contada; esta é mostrada como se fosse a única interpretação do fato; 5) no discurso histórico apresentado pelo professor através do livro didático e no discurso cinematográfico naturalista, exigido pela maior parte da crítica de cinema, existem os mesmos mecanismos: um ocultamento das contradições, das divergências e dos confrontos2.
A concepção do filme histórico naturalista vem evoluindo desde os primórdios do nosso cinema documentário, que se pautou no desenvolvimento da expressão social e política dos seus mitos e heróis, com base numa linha teórica, na qual a história narrada passa a habitar o imaginário do espectador na forma de verdade e de entendimento único do fato descrito.
No começo da fase muda, agora falamos da produção do cinema documental, a característica dos filmes era centrada em duas linhas de trabalho: a primeira definida como a do berço esplêndido e a segunda do ritual do poder.
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Esse período é marcado por formas de traduzir o panorama da realidade brasileira. O espectador assiste a tudo. As paisagens do Pão de Açúcar, Corcovado, floresta da Tijuca são exaustivamente registradas. São vistas inaugurações de praças, logradouros, além de todos os Presidentes terem sido filmados. Paulo Afonso, Amazonas e Mata Atlântica já são parte do nosso cenário cinematográfico e aparecem, também, em registros documentais. Quanto aos nossos índios, são eles incorporados através de imagens colhidas, ainda, dentro de uma ingênua tranqüilidade, pelas caravanas de Rondon.
Essa impressão ufanista do Brasil ganha outra dimensão durante o Estado Novo, com a criação do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda). Os documentários compostos durante esse regime assumem as concepções do Estado autoritário e passam a expressá-las. Tudo é feito para fins propagandísticos, na tentativa de formação de uma imagem mitológica de Getúlio Vargas.
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Esse fato nos leva a ponderações sobre a manipulação das imagens. O processo de manipular imagens contradiz, evidentemente, o pensamento ou a suposição de que tudo que se assiste em um filme documentário poder ser encarado como verdade. Por isso, a melhor definição de documentário deve ser estabelecida através dos seus elementos constitutivos, que são idênticos aos dos filmes de ficção que, não podendo proporcionar a reprodução da realidade, estabelecem, assim, a sua construção ou interpretação. Essa posição nos conduz, sem dúvida alguma, a afirmar que o documentário pode, perfeitamente, estar mais próximo do filme de ficção do que a suposta realidade que ele traduz.
Acrescentamos, para reforçar as nossas convicções sobre o entendimento do filme documentário apenas como uma "modalidade de discurso que tende a construir a realidade ao invés de apenas reproduzi-la"5, que a técnica de entrevista usual utilizada nos filmes documentários está comprometida, à medida que o entrevistado assume uma interpretação de si mesmo, criando uma "dramaturgia natural"6, diminuindo, portanto, a fronteira entre o entrevistado e o ator, que não pode ser delimitada de forma tão rigorosa.
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Outro dado significativo na elaboração do documentário é o da montagem, elemento de extrema importância, pois através dela os realizadores podem trocar, amputar, deslocar e redimensionar o tempo e o espaço, dando ao produto fílmico a sua própria dimensão espacial/temporal, definida como situação diegética. A montagem favorece, de forma clara e concisa, a possibilidade da verdade ser profundamente alterada, transformada em inverdade e vice-versa. Diante disso, faz-se necessário ao historiador aplicar a mesma metodologia usada para o manuscrito, impondo-a igualmente ao documentário ou filme de ficção, ao tratá-lo como produto, fonte de documentação ou de representação da própria história.
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Para se chegar a esse entendimento, a evolução do filme documentário brasileiro obedeceu ao delineamento de uma trajetória que pontuamos em seus momentos mais expressivos. Após os anos trinta, surge uma produção significativa realizada por Humberto Mauro, com o apoio do Cinema Educativo da Fundação Roquette Pinto. Mauro fez inúmeros filmes e, entre eles, destaca-se a série As brasilianas, da qual faz parte Engenhos e Usinas (1955). Nesse documentário, o cineasta pioneiro do cinema brasileiro estabelece uma relação orgânica entre a evolução econômica e industrial das usinas em comparação com os engenhos de cana-de-açúcar, usando a narrativa dramática dos poemas de Ascenso Ferreira. O filme penetra nos problemas sociais, tentando evidenciar as causas da tensão na relação homem-máquina.
Aqui, nas mãos de Humberto Mauro, o documentário adquire uma forma capaz de estabelecer um diálogo com a realidade, de travar uma relação dialética que possa levar à crítica e à prática transformadora das questões postas em imagens pelo cinema documental, assegura até o marco inicial da origem de um cinema brasileiro endógeno, mas não garante que a transposição da realidade seja perfeitamente real.
A modernidade se instala no cinema documentário nos anos 60, com a realização de dois filmes Arraial do Cabo (Paulo César Sarraceni e Mário Carneiro, 1960) e Aruanda (Linduarte Noronha e Rucker Vieira, 1960).
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Esse filme possui um formato que, rigorosamente, confirma a fusão entre documentário e ficção. Ao narrar a história de uma família de ex-escravos formando um quilombo no interior da Paraíba, o filme, na primeira parte da sua narrativa, enfoca a construção da trajetória de Zé Bento, sua mulher e filhos na busca de uma terra nova. Faz uma reconstituição dos fatos com as pessoas que habitam o quilombo no seu tempo contemporâneo. Em seguida, aglutina-se à primeira uma segunda parte narrativa, destacando o cotidiano do quilombo e a produção de utensílios em cerâmicas, garantia da sua subsistência. O espectador assiste a tudo como uma composição única de realidade, sem questionar a fusão entre tempo presente e tempo passado e sem se dar conta ou fazer distinção entre ficção e documentário.
Entre os anos 60-70, a produção documentária passa pelo registro das tradições populares, na procura de uma identidade nacional. Essa produção é praticamente financiada pelo mecanismo da política cultural desenvolvida pelo MEC, através de seus órgãos executores como: Funarte, Departamento de Assuntos Culturais e, principalmente, Embrafilme. Antes disso, houve, no período 1964/1965, o que Jean-Claude Bernardet classifica como modelo sociológico9, caracterizado pelo tipo de documentário cujos temas estão direcionados aos problemas sociais das minorias abafadas pela pressão do novo regime, e há uma grande preocupação quanto à evolução da linguagem cinematográfica10 .
O passo adiante dado pelo gênero documentário é correspondente à fase democrática dos anos 80 , onde o Cabra marcado para morrer vai ser um contraponto aos filmes feitos na época como: Anos JK — uma trajetória política (Sílvio Tendler, 1980); Jango, (Sílvio Tendler, 1984); Jânio a 24 Quadros (Luiz Alberto Pereira, 1981); Jânio vinte anos depois (Sílvio Back, 1980), para citar alguns exemplos. Esses filmes estão calcados e mantêm uma proximidade com o historicismo, o que não acontece no Cabra, que se apresenta desvinculado totalmente dessa forma de interpretar a história.
O filme escapa dessa tendência e por isso é louvável e louvado por críticos e historiadores na sua busca de elaborar uma história baseada em um processo de construção da memória e do resgate dos oprimidos. Porém, não escapa, segundo o nosso entendimento, do arcabouço estabelecido pela linguagem do cinema que só consegue ser decifrada através da compreensão e entendimento dos seus elementos expressivos, classificados por teóricos e especialistas da linguagem de signos, símbolos ou códigos. Suas interpretações, leituras ou decodificações são sempre instituídas por pressupostos arquitetados por um observador que, obviamente, estará carregado de um dispositivo próprio. Devemos considerar que isso reflete não só o deciframento do significado da imagem como pode, perfeitamente, carregá-la com suposições ideológicas contidas a priori no pensamento de quem vê essas imagens.
A rigor, o cinema está vinculado a uma narrativa e isso implica que o filme sempre conta uma história e há, evidentemente, no caso, uma estreita ligação entre o desenrolar de uma película e o fato de contar histórias por procedimentos específicos, cuja matéria básica empregada para obter esse resultado é a utilização da imagem figurativa em movimento. Considerando isso um meio de registro, a imagem figurativa oferece ao espectador um certo número de convenções, chamadas, também, de "representação visual"11 , onde os objetos registrados são perfeitamente reconhecíveis.
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Essa descoberta visual acontece no momento em que o espectador constrói a imagem que está vendo, podendo ocorrer um processo onde a imagem passa a construir, também, a visão desse espectador. Nesse caso, o espectador age como parceiro ativo da imagem e sua reação pode ser medida emocionalmente.
A medida emocional da visão do espectador se dá no momento do processo de reconhecimento de alguma coisa, uma imagem para identificar. Trata-se de um procedimento que utiliza o emprego das propriedades do sistema visual e esse trabalho de reconhecimento, na própria medida em que trata de reconhecer, apóia-se na memória.
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FONTE:http://www.oolhodahistoria.ufba.br/01ofilme.html

quarta-feira, 1 de abril de 2009

RESENHA CRÍTICA I-CASABLANCA

Um dos mais belos filmes já realizados,não envelheceu,apesar de ter sido produzido em 1942.A direção é de Michael Curtiz e não consigo encontrar outros atores para interpretar o casal Ricky Blane e Ilsa Lund,do que Humphrey Bogart e Ingrid Bergman.
Essa emocionante história de amor,ambientada no Marrocos e tendo como pano de fundo Segunda Guerra Mundial,emociona até hoje,o que prova que basta uma boa história,direçaõ e elenco talentosos para se produzir um filme inesquecível,que atravessa gerações....
A trilha sonora também é perfeita...."As time goes by" embala muito bem a narrativa...
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Ganhador do Oscar de melhor filme, melhor diretor e melhor roteiro em 1943.
Indicado nas categorias de melhor ator (Humphrey Bogart), melhor ator coadjuvante (Claude Rains), melhor fotografia, melhor edição e melhor trilha sonora - comédia / musical.
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Até seus diálogos são perfeitos,provavelmente é o filme com os melhores e mais memoráveis da história do cinema, muitos deles com um leve toque de cinismo. Um de seus diálogos mais famosos é entre Ilsa (Bergman) e Sam:

"Ilsa: Toque uma vez, Sam. Pelos bons velhos tempos.Sam: Eu não sei o que você quer dizer, Senhorita Ilsa.Ilsa: Toque, Sam. Toque "As Time Goes By"....."Play it again,Sam...."

E na despedida do casal de amantes,a frase...."We still have Paris "sintetiza toda a emoção daquele amor que jamais se consumará novamente.....talvez eles nunca mais se vejam...

Um filme perfeito...

RESENHA CRÍTICA

Acostumamo-nos a ler em jornais e revistas especializadas a resenha crítica de filmes,livros,CDs,peças de teatro,enfim....de diversas manifestações culturais e artísticas.
A resenha ,na sua maioria das vezes,não é neutra,reflete a opinião pessoal do crítico,da pessoa que escreve que coloca toda sua vivência e bagagem cultural no modo como analisa a obra em questão.
Pretendemos aqui realizar resenhas sobre filmes importantes na história do Cinema,filmes clássicos e contemporâneos,um registro pessoal dos responsáveis por esse blog.

quarta-feira, 25 de março de 2009

CINEMA DE ANIMAÇÃO

O Cinema de Animação é um gênero que atrai milhares de espectadores há décadas.O primeiro filme de longa metragem de animação registrado é “Branca de Neve e os sete anões”,de Walt Disney.Esse filme foi realizado em 1939,uma verdadeira obra de arte.Baseado nos contos dos irmãos Grimm,Disney levou para as telas uma história que emociona até os dias atuais.E sua qualidade técnica é impressionante,se levarmos em conta que tudo foi feito pela mão humana,sem os recursos existentes atualmente.Disney foi um pioneiro,um gênio em seu campo.Depois de “Branca de Neve...” seguiram-se vários outros:”Fantasia”,”Cinderela”,”A Bela Adormecida”,”Bambi”....Mesmo após sua morte,os Estúdios Disney mantém a qualidade e a capacidade de emocionar públicos de todas as idades,claro que contando com os recursos tecnológicos disponíveis.Atualmente,os filmes de animação são realizados utilizando-se computação gráfica e outras técnicas já explanadas em nosso BLOG.Como exemplo,podemos citar os excelentes “Shrek”,”Madagascar”,entre outros.O Cinema de Animação permanece vivo e em constante evolução,e ocupa parte importante na história da “Sétima Arte”.

CASAIS INESQUECÍVEIS DAS TELAS

O Cinema sempre nos emocionou ao contar grandes histórias de amor,amores impossíveis,amores realizados ou não....amores imortalizados....Vamos relembrar alguns destes aqui....
Comecemos pelo clássico “Casablanca”....Humphrey Bogart e Ingrid Bergman pode ser considerado uns dos mais belos casais das telas....”We still have Paris....”,ao som de “As time goes bye”....nos emociona até hoje...
Vivien Leigh e Clark Gable,Scarlett O’Hara e Rett Butler,o amor conturbado entre esta mulher forte e determinada e o bon vivant ,em plena Guerra Civil norte-americana...
O que seria de Audrey Hepburn no filme “Bonequinha de Luxo” sem o beijo final, debaixo de chuva, em George Peppard?
E mais pobre certamente seria o cinema caso não pudesse contar com a parceria entre Ginger Rogers e Fred Astaire que resultou em dez filmes musicais. Eles cantavam e dançavam e, como bem traduziu Katharine Hepburn: ele dava classe a ela, ela sex appeal a ele.
Talvez os mais emocionantes à medida que na maior parte das vezes não têm um final feliz, os amores impossíveis estão entre os mais apreciados pelo público em geral- e há quem garanta que estes são os mais parecidos com a vida real. Quantas almas solitárias não se solidarizaram com o dilema vivido por Francesca, interpretada por Meryl Streep, com relação ao seu amor pelo fotógrafo, vivido por Clint Eastwood, em “As Pontes de Madison?......E muitos outros...Afinal,o Cinema é a arte da emoção,e nada melhor do que uma bela história de amor para fazê-lo...

domingo, 15 de março de 2009

POSTERS DE CINEMA

POSTERS DE CINEMA -ANOS 40

Os austeros anos 40 foram ricos na criação de posters,utilizados para atrair público para a produção cinematográfica da época.Tais posters são verdadeiras obras de arte,cultuados até os dias de hoje,e levavam glamour e luxúria para um mundo embrutecido pelos ares da Segunda Guerra.
A maioria desses posters utilizava cores vivas e brilhantes ,inclusive aqueles que divulgavam filmes noir,de estética sombria,e em preto e branco.

Uma das muitas obras-primas produzidas nos anos 40,”Casablanca”,possui um dos posters mais cultuados da época que,junto com os posters de filmes noir,são objetos de disputa entre os colecionadores atuais.Vale ressaltar que tais posters foram produzidos em uma época de contenção de despesas dos estúdios,por causa da guerra e,a maioria deles,eram pobres e sem imaginação.

Apesar dessa falta de recursos,as deusas da época foram muito bem retratadas.Rita Hayworth,por exemplo,tinha suas ilustrações criadas pelo artista italiano Anselmo Ballester,que trabalhava nos estúdios da Columbia,em Roma.Suas ilustrações,especialmente as feitas para a “Dama de Shangai”(1948) e “Gilda”,tornaram-se Cult para colecionadores modernos.
Muitos posters europeus do período foram criados e,normalmente,assinados por artistas populares da época,que estavam preparados para que sua obra ultrapassasse as fronteiras dos posters de filmes.Seus trabalhos,em geral,entravam em conflito com a abordagem mais tradicionalista dos estúdios americanos.Esta diferença é bem exemplificada pelos posters do filme “Double Indemnity”(1944).O público americano foi agraciado com uma imagem romântica de Fred MacMurray abraçando Barbara Stanwyck.Já o distribuidor europeu encomendou a um artista espanhol,Lopez Reiz,um poster surrealista,mostrando McMurray em uma câmara de gás,um pouco antes de sua execução,rodeado por demônios de sua imaginação,a cena com a qual o filme originalmente terminaria,mas que foi refeita por ter sido considerada muito sombria.

Os filmes europeus também foram agraciados com belíssimas obras de arte em forma de posters.Artistas britânicos estão entre os melhores deste gênero.
O neo-realismo italiano,que começou com “Obsessione”(1942),apresenta uma visão crítica e austera da sociedade italiana do pós-guerra.Entretanto,”Ladri di Biciclette”(1948) e “Stromboli”(1949)foram promovidos com posters com ilustrações quentes e passionais,enfatizando o caráter humanitário dos filmes.São produções do artista Ercole Brini.

Os posters europeus dos anos 40 são difíceis de encontrar,pois foram destruídos ou usados para outros fins.Os que restauram foram restaurados e impressos em mapas descartáveis e suplementos.Foram encontrados posters de filmes britânicos impressos até mesmo atrás de folhetos de propaganda da campanha eleitoral de Winston Churchill,em 1945.

Nos EUA,muitos posters americanos desta época possuíam uma abordagem levemente vulgar.Era a época das pin-ups,e a imagem em posters de atrizes como Betty Gable,em “Moon over Miami” tornaram-se clássicos,assim como outros posters que expunham o gênero pin-up(tema já abordado em nosso BLOG).

Notáveis exceções podem ser vistas nesse período:a obra –prima em formato de poster para o filme “The Grapes of wrath”(1940) é um exemplo.

Os anos 40 conheceram também o sucesso do mestre Hitchcock.Seus filmes de suspense,como Notorious(1946) e outros,inspiraram alguns dos melhores posters da época.O exemplo clássico talvez seja “Spellbound”,mostrando Gregory Peck e Ingrid Bergman;e o poster francês para “Notorious”.

Vale lembrar que,com os parcos recursos da época,a maioria dos posters eram impressos em tiragem limitada e em preto e branco.Apenas os grandes estúdios tinham condições de imprimi-los em cores.

Finalmente,deve-se ter em mente que a maioria dos melhores filmes dos anos 40 foram realizados em condições inimagináveis para os dias atuais.E os posters podem ser considerados uma homenagem a este trabalho árduo,que rendeu filmes de qualidade única.Os anos 40 foram uma das épocas mais ricas do Cinema.

sexta-feira, 6 de março de 2009

CINEMA,VEÍCULO DE CONSCIENTIZAÇÃO

Já vimos aqui o Cinema utilizado na Educação ,no Marketing,etc.Muitas são as aplicações úteis que podemos dar aos filmes.
Filmes de caráter social,que transmitam mensagens de solidariedade(com temas sobre a fome na África ou a violência nas ruas do Brasil,por exemplo,podem ser utilizados como exemplos de filmes que servem de ilustração a campanhas institucionais.

Outros exemplos seriam filmes que falam sobre minorias,os deficientes físicos por exemplo.Tais filmes ajudam a entender melhor a realidade dessas pessoas,para que preconceitos sejam superados.
Podemos citar “Filhos do Silêncio”,que aborda a surdez.A atriz principal,surda,Marlee Matlin,inclusive,ganhou o Oscar em....
Em “Perfume de Mulher”,Al Pacino faz o papel de um cego....
Enfim,o Cinema,por ser uma forma de linguagem que abrange diversos públicos,pode e deve ser utilizado como veículo de popularização de campanhas institucionais,e mostrar exemplos de vida das ditas minorias,combatendo o pré-conceito e a discriminação

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

SEAN CONNERY

Nome Completo: Thomas Sean Connery
Natural de: Edimburgo, Escócia
Nascimento: 25 de Agosto de 1930-

Ganhou em 1987 o Oscar de melhor ator coadjuvante, por sua atuação em "Os intocáveis".Na minha opinião,o melhor 007 até hoje....

Curiosidade:
Antes de se tornar um ator,Sean Connery teve diferentes empregos:entregador de leite,motorista de caminhão,trabalhador braçal,modelo vivo na Edinburgh College of Art,polidor e construtor.Tentou ingressar na Marinha,mas foi dispensado por problemas de saúde.Aos 23 anos,o destino lhe coloca a escolha..ser jogador de futebol ou ator...
GARY COOPER

Gary Cooper (1901-1961) foi uma das grandes Estrelas* de Hollywood, com uma carreira que durou cerca de 40 anos, vencedor por duas vezes do Oscar* de melhor ator e cinco nomeações, com mais de 100 filmes realizados.Todos o conheciam por “Coop”, e o seu primeiro grande sucesso é "Agora ou Nunca"/ “The Virginian” em 1929. Outros filmes memoráveis :Marrocos/ 1930Adeus às Armas /1932Lanceiros da ìndia /1935Amor sem fim/ 1935desejo/ 1936Adorável Vagabundo /1941Sargento York/1941Por quem ossinosdobram/1943Vontade Indômita/ 1949entre outros....Gary Cooper* foi o ator escolhido para interpretar Rhett Butler em "E o Vento Levou”. Cooper rejeitou o convite, dizendo: "Vai ser o maior desastre comercial a que Hollywood já assistiu".Enganou-se.E esperaria até 1952, ano de “High Noon”, para ver consagrada a sua carreira.- Recebeu 5 indicações ao Oscar de Melhor Ator, por "O Galante Mr. Deeds" (1936), "Sargento York" (1941), "Ídola, Amante e Herói" (1942), "Por Quem os Sinos Dobram" (1943) e "Matar ou Morrer" (1952). Venceu em 1941 e 1952.- Ganhou um Oscar honorário em 1961, concedido pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas em homenagem à sua carreira.- Ganhou o Globo de Ouro de Melhor Ator - Drama, por "Matar ou Morrer" (1952).

GALÃS DO CINEMA

Nem só de Divas e Deusas vive o cinema.Há que ter seu contraponto masculino,seu par romântico....No auge da época de ouro de Hollywood,muitod galãs se destacaram...

HUMPHREY BOGART

Humphrey DeForest Bogart (Nova Iorque, 25 de Dezembro de 1899 – Hollywood, 14 de Janeiro de 1957) foi um ator de cinema e teatro dos Estados Unidos, eleito pelo American Film Institute como a maior estrela masculina do cinema norte-americano de todos os tempos.Conhecido pelo público como Bogie ou Bogey, é considerado um dos grandes mitos do cinema e ganhou o Oscar de melhor ator de 1951 por seu papel em Uma Aventura na África. Morreu em 1957 vítima de câncer.Dentre seus filmes de maior sucesso estão Relíquia Macabra, O Tesouro de Sierra Madre e Casablanca .Humphrey Bogart começou sua carreira nos palcos do Brooklyn em 1921, sem nunca cursar aulas de teatro. Entre 1922 e 1925, ele apareceu em 21 produções da Broadway.Em 1934, Bogart atuou na peça "Invitation to a Murder". O produtor Arthur Hopkins o viu na peça e o escolheu para fazer parte do elenco de The Petrified Forest. A peça teve 197 apresentações em Nova York, Bogart representou o papel de Duke Mantee. Para esse personagem, um sinistro e perigoso fugitivo da cadeia, Bogart ousou na interpretação, fazendo com que o personagem andasse lentamente e encurvado, pois, segundo ele, era como ficaria se ficasse longos anos presos à correntes e bolas de aço que se usava nos presídios da época.

Quando a Warner Bros comprou os direitos da peça para filmá-la, assinou contrato com o protagonista Leslie Howard. A Warner iniciou então testes para o papel de Duke Mantee, Howard insistiu na contratação de Bogart. Sendo assim, em 1936 o filme A Floresta Petrificada foi lançado, contando ainda com a participação de Bette Davis.Bogart recebeu excelentes elogios.Em 1938, Bogart apareceu em um musical chamado Swing Your Lady no papel de um promoter. No ano posterior apareceu no filme The Return of Doctor X. Ambos filmes sem muita projeção. Entre 1936 e 1940, a Warner não lhe deu bons papéis, mas ele mesmo assim não recusava os papéis que lhe eram dados para não ser dispensado. Ele fez filmes como Racket Busters, San Quentin e You Can't Get Away With Murder. Seu melhor papel da época foi em Dead End de 1937. Ele também trabalhou em vários filmes como ator coadjuvante, entre eles o sucesso Anjos de Cara Suja / Anjos de Cara Negra. Uma característica de seus papéis dessa época, e a de que ele "morria" em quase todos os filmes. Em 1941, Bogart atuou como protagonista em Seu Último Refúgio, um roteiro que teve a participação de John Huston, seu parceiro de farra. No mesmo ano, ele também atuou no clássico film noir Relíquia Macabra, com John Huston assumindo a direção. Neste filme, ele fez o papel de Sam Spade, um investigador particular. O filme foi considerado pelo crítico de cinema Roger Joseph Ebert e pela revista Entertainment Weekly como um dos melhores filmes de todos os tempos e recebeu três indicações ao Oscar.Depois de tantos filmes de gangsters, policiais, bandidos e mocinhos, Bogart pela primeira vez faz um filme romântico/dramático, Casablanca. Lançado em 1942, o filme é um dos maiores clássicos do cinema mundial. Ele interpreta Rick Blaine, o dono de um clube na cidade de Casablanca no Marrocos. Durante as filmagens, ele e Ingrid Bergman, a protagonista feminina, quase não se falaram. Ela diria tempos depois: "Eu o beijei mas nunca o conheci".

Bogart foi indicado ao Oscar de melhor ator mas não venceu, mas Casablanca venceu na categoria melhor filme do ano .De 1943 até 1955, Bogart fez vários filmes interpetando diferentes personagens. Em 1949, ele fundou sua própria produtora, a Santana Productions.No ano de 1951, Bogart fez o filme Uma Aventura na África contracenando com Katharine Hepburn num duelo memorável de interpretações e dirigido por John Huston. Este foi seu primeiro filme colorido e seu trabalho como o barqueiro Charlie Alnutt fez com que conquistasse finalmente o Oscar de melhor ator.Em 1954, filmou A Nave da Revolta , baseado no livro homônimo de Herman Wouk, que ganhou o Prêmio Pulitzer em 1951, no papel do esquizofrênico Capitão Queeg. No mesmo ano ainda participou de Sabrina com Audrey Hepburn e William Holden e de A Condessa Descalça , com Ava Gardner.Seu último trabalho foi em A Trágica Farsa de 1956 no papel de Eddie Willis, um jornalista esportivo que vira promotor de boxe.MorteBogart bebia e fumava muito e teve câncer no esôfago. Em 1956, fez uma cirurgia para retirar o esôfago e dois linfomas, mas era tarde demais. Ele morreu em coma no dia 14 de janeiro de 1957.

O CINEMA E AS MANIFESTAÇÕES POPULARES

Em época de Carnaval,vamos falar um pouco sobre Cinema como fonte de divulgação de manifestações da cultura popular de determinado país ou região.Muitos filmes valem-se destas manifestações regionais para ilustrar uma história,situar e inserir o espectador em determinado contexto,ou tal acontecimento ser palco de uma ação determinante do enredo.Por exemplo,filmes passados no Oriente Médio ,ou retratando uma família de imigrantes daquele país,podem apresentar danças,festejos e costumes locais como parte da narrativa.Em “Lavoura Arcaica”,apresentam-se tais danças típicas de uma família libanesa que vive no interior de São Paulo;filmes passados no Nordeste retratam hábitos locais....

As manifestações religiosas,de fé de um povo,são constantemente utilizadas,o que não quer dizer que se trata de filmes de caráter doutrinário:servem apenas como referência de hábitos e costumes locais.Através dos filmes,podemos ficar conhecendo rituais judaicos,muçulmanos,o costume das carpideiras em enterros católicos do Nordeste brasileiro,etc. Tais manifestações religiosas rendem cenas emocionantes,mas são as festas populares que se apresentam plasticamente belas em uma película.Voltemos ao Carnaval....Citemos como exemplo “Orfeu”,filme de Cacá Diegues,baseado na peça “Orfeu da Conceição”,de Vinícius de Moraes,que por sua vez,inspirou-se na mitologia grega,o amor entre Orfeu e Eurídice.Na peça de Vinícius,que foi montada pela primeira vez em 1956,durante o Carnaval, Orfeu, condutor de bonde e sambista que mora no morro, apaixona-se por Eurídice, uma jovem do interior que vem para o Rio de Janeiro. Ela está fugindo de um estranho fantasiado de Morte.

Como no drama grego, o amor dos dois desperta o ciúme de Mira, ex-noiva de Orfeu.O poeta teve essa inspiração, a idéia de um Orfeu sambista de grande beleza interior, em busca de sua Eurídice, desejado pelas mulheres e invejado pelos homens, enquanto lia a peça grega,ao som da batucada vinda do morro,no Rio de Janeiro.A peça ganhou duas adaptações para o Cinema:“Orfeu”:é a versão de Cacá Diegues,de 1999,com Patrícia França e o músico Toni Garrido,onde Orfeu é um popular compositor de uma escola de samba,residente na favela, e que se apaixona perdidamente por Eurídice, uma nova moradora do local. Mas entre eles existe Lucinho, chefe do tráfico, que irá modificar drasticamente a vida de ambos.Teve cenas rodadas na Marquês de Sapucaí,durante o desfile das escolas de samba de 1998.Ganhou os prêmios de Melhor Filme, Melhor Fotografia e Melhor Trilha Sonora, no Grande Prêmio Cinema Brasil. Foi ainda indicado nas categorias Melhor Ator (Murilo Benício),Melhor Diretor, Melhor Lançamento e Melhor Montagem.“Orfeu do Carnaval”:versão anterior,de 1958, uma produção franco-italiana.Curiosidade: produtor do filme, Sacha Gordine, exigiu que a partitura original da peça incluísse canções inéditas. Surgiram O nosso Amor, de Tom Jobim; Felicidade, de Vinícius e Tom; Manhã de Carnaval, de Luís Bonfá; Samba de Orfeu, de Bonfá e Antônio Maria. A direção do francês Marcel Camus conquistou a Palma de Ouro no Festival de Cannes de 1959 e o Oscar daquele ano como melhor filme estrangeiro.

Saindo do Brasil,o Mardi Gras(nossa terça-feira de Carnaval) e os bailes de máscara de Veneza também renderam belas cenas.Como exemplo,citemos “Noites de Mardi Grãs”,musical de 1958,com Pat Boone; e “Casanova”,de Lasse Hallstrom,de 2005.

Também os esportes podem ser citados como formas de manifestações populares constantemente retratadas nos filmes.O Cinema americano está repleto de exemplos:cenas de jogos de basquete nas ruas de Nova York;histórias que retratam astros e jogos de baseball(como o “Campo dos Sonhos”);entre outros.No Cinema Nacional,o futebol fez parte de muitos filmes...”O ano em que meus pais saíram de férias”,de 2006,retrata a Copa do Mundo de 1970,por exemplo.Concluindo,o Cinema,além de beber em fontes literárias e intelectuais,pode e deve valer-se de manifestações populares,e levá-las ao conhecimento de outros.Além disso,serve como registro de tais manifestações.

GRANDES DIRETORES


Como já dissemos,quando se pensa em Cinema de autor e num diretor/roteirista/ator que revolucionou a linguagem cinematográfica tradicional,não podemos esquecer de Quentin Tarantino,nascido a 27 de março de 1963,em Knoxville, Tennessee.Segundo consta,foi seu trabalho como gerente de uma vídeo-locadora e seu acesso fácil à milhares de filmes que o torno um dos diretores mais criativos de sua geração.

Inicou sua carreira fazendo pontas em diversos filmes,como “A Hora dos mortos vivos “ e “Rei Lear”,mas isso não passa de lenda,que ajudou a enriquecer seu currículo.Mas atuou em diversas séries de TV,ao mesmo tempo em que freqüentava o Curso de Direção do Sundance Institute.Antes de estrear como diretor, uma das formas de captar recursos para seu tão sonhado filme de estréia foi vender dois roteiros seus: Amor à Queima-Roupa (1993) e Assassinos por Natureza (1994).Finalmente,estreou na direção com uma produção independente, Cães de Aluguel (1992), que foi co-produzida pelo ator Harvey Keitel, figura constante em seus filmes. Logo em seguida, dirigiu seu maior sucesso até o momento, Pulp Fiction - Tempo de Violência (1994), que ressuscitou a carreira de John Travolta, deu novo impulso para Samuel L. Jackson e Uma Thurman e ainda rendeu a a Tarantino sua primeira indicação ao Oscar, como melhor diretor.

Foi também produtor executivo do filme Parceiros do Crime (1994), do então estreante Roger Avary, seu parceiro no roteiro de "Pulp Fiction", atuou em alguns filmes de destaque, como A Balada do Pistoleiro (1995) e Um Drink no Inferno (1996) e ainda dirigiu um dos episódios da comédia Grand Hotel (1995). Já em 1997, Tarantino volta a dirigir sozinho um longa-metragem, com Jackie Brown, adaptação de um famoso livro do escritor americano Elmore Leonard. Em sua curta carreira como cineasta, os filmes de Quentin Tarantino ficaram marcados por falar do submundo,mesclando sempre doses de humor e violência.“Cães de aluguel” e “Pulp Fiction” já entraram para a história do cinema,tornaram-se Cult,com seu roteiro não linear,imagens fortes e impactantes.

DAVID LYNCH

Outro exemplo de diretor contemporâneo que imprime sua personalidade nos filmes que realiza.Nascido a 20 de janeiro de 1946,em Missoula,Montana,esse diretor notabilizou-se por criar filmes,muitas vezes,com enredos bizarros,que fogem dos padrões habituais.Seus enredos desenvolvem-se ,em geral,em pequenas cidades do interior americano,cenário para o desfile de seus personagens surpreendentes.Costuma trabalhar com um elenco quase fixo: Kyle MacLachlan, Isabella Rossellini, Laura Dern, Jack Nance, Everett McGill, Dean Stockwell, Brad Dourif, Sherilyn Fenn e Sheryl Lee,em geral,fazem parte de seus filmes.Já foi indicado ao Oscar,ao Globo de Ouro,e ao Cesar francês,entre outros prêmios...Ganhou a Palma de Ouro em Cannes por “Coração Selvagem”(1990), e o prêmio de melhor diretor por este mesmo festival,com “Mulholland Drive”(2001) .
Seus filmes mais marcantes,além dos dois citados acima,são “O homem elefante” e “Veludo Azul”.A cena da orelha humana,em close,neste último,é antológica...

WIM WENDERS

Nascido Ernst Wilhelm Wenders,em Dusseldorf,Alemanha,a 14 de agosto de 1946,este diretor teve seu auge nos anos 80. Ganhou diversos prêmios durante sua carreira.Alguns de seus filmes,como o documentário “Buena Vista Social Club”(1999),sobre a banda cubana de mesmo nome,ou “Paris,Texas”(1984),um Road movie ,filmado nos Estados Unidos,podem ser citados como obras marcantes de sua filmografia.Mas um dos mais comoventes é “Asas do Desejo”(1987),belíssima fábula sobre dois anjos que descem à terra,e um deles se rende ao amor por uma jovem trapezista.

A seguir,falemos um pouco sobre grandes diretores autorais do passado...

ORSON WELLES

Nascido George Orson Welles,em Kenosha,Wisconsin,em 6 de maio de 1915,faleceu em 10 de outubro de 1985.Diretor polêmico,recebeu várias indicações ao Oscar por seu mais célebre filme,”Cidadão Kane”(1941),no qual também atuou e escreveu o roteiro original.Possui vasta filmografia,destacando-se,ainda,”A marca da maldade”(1958) e “Soberba”(1942).Um dos episódios mais célebres de sua carreira,no entanto,não está ligado ao cinema. Em 30 de outubro de 1938, levou ao ar uma versão radiofônica de "Guerra dos Mundos", de H.G. Wells.O programa fora realizado no formato de boletins de notícias que interrompiam um programa musical, incluindo entrevistas com supostas testemunhas da invasão marciana à Terra. O programa gerou pânico nos Estados Unidos, com muitos ouvintes acreditando que os eventos narrados eram realmente verídicos. No dia seguinte Welles divulgou um pedido de desculpas pelo ocorrido mas, devido ao grande número de processos que a CBS teve que enfrentar por causa do programa, Welles e toda sua equipe foram demitidos da estação de rádio em que trabalhavam.Apesar de sua reputação como ator e diretor, manteve durante muito tempo sua licença junto a Magician's Union, além de praticar periodicamente mágicas. De acordo com Welles, assim ele poderia seguir adiante em uma carreira caso fosse impedido de seguir trabalhando no cinema.É cultuado até hoje,influenciando jovens diretores e roteiristas,e deixou sua marca pessoal em todos os trabalhos que realizou.

Em breve,voltaremos a falar sobre esse assunto!

sábado, 14 de fevereiro de 2009

CINEMA E ARTES

Já discutimos aqui o Cinema e sua relação com a Mídia,a Educação....Vamos falar um pouco sobre o Cinema e sua relação com as Artes em geral.Como sabem,o Cinema é chamado de “Sétima Arte”.Nada mais justo,pois é uma linguagem que abrange todas as manifestações artísticas em um só veículo : fotografia,Artes Plásticas,Literatura,Música,Escultura,Arquitetura....todas estas manifestações podem ser vistas em um filme,não apenas em sua concepção técnica,em sua elaboração propriamente dita,como já visto aqui,mas também divulgando as Artes em forma de uma história a ser contada.A Literatura é fonte inesgotável de inspiração para o Cinema.A maioria dos roteiros é inspirado em obras literárias,de escritores clássicos a contemporâneos.Essa fusão de linguagens ajuda,muitas vezes,a divulgar um escritor iniciante,ou popularizar um escritor conhecido apenas nos meios mais acadêmicos.
Como exemplo,no Brasil,podemos citar o jovem Paulo Lins,que ao ter seu livro utilizado como fonte de inspiração para “Cidade de Deus”,passou a ser respeitado e conhecido pela mídia e público em geral.O mesmo ocorre na Literatura Mundial.:nomes clássicos,como Oscar Wilde,Emile Brönte,Shakespeare,e contemporâneos,como Saramago,Gabriel Garcia Marquez,Anne Rice,J.R.Tolkien,entre outros,tiveram suas obras adaptadas para o Cinema,com sucesso.O caminho inverso também pode ocorrer,um ótimo roteiro virar livro—mais um modo do mercado editorial faturar em cima de um filme de sucesso.E também a poesia pode ser divulgada por um filme.Poemas declamados por um personagem em determinado filme podem tornar-se populares da noite para o dia,como aconteceu com o poema de W.H.Auden,”Funeral Blues” recitado no filme “Quatro casamentos e um funeral”,de Mike Newell.

A fotografia é parte imprescindível de um filme,não podendo,de modo algum estar dissociada desse,como já vimos.O mesmo vale para a Arquitetura,utilizada na construção de cenários,por exemplo.A Música,Artes Plásticas,Escultura podem tanto ser divulgadas como parte integrante de um filme,como de modo indireto,se a história abordar a vida de um artista.Como parte de um filme,canções da música popular americana;música clássica,e outras passam a se tornar o hit do momento;já as esculturas e quadros podem fazer parte do cenário,mas normalmente não são “absorvidas” pelo grande público,a não ser que façam parte do enredo.Chegamos agora às biografias.A arte imita a vida,e nada como uma vida rica em dramas,de um artista de talento,para render um bom filme e tornar sua arte popular.
Um dos exemplos mais marcantes é o filme “Camille Claudel”,que narra a vida do escultor Auguste Rodin,e sua amante,também escultora,que viveu sob sua sombra,até morrer.Com interpretações memoráveis de Gerard Depardieu e Isabelle Adjani,esse filme tornou popular a obra desse mestre até mesmo aqui no Brasil,onde filas eram formadas para conhecer sua obra,nos anos 90,em São Paulo.Pintores de renome também renderam boas biografias:Picasso(“Os amores de Picasso”,com o excelente Anthony Hopkins);Basquiat,traços de uma vida( narrando a vida do ex-mendigo que tornou-se um gênio das artes plásticas,em Nova York,nos anos 80) ,Modigliani(com Andy Garcia,no filme que leva o nome do biografado);o pintor holandês Vermeer(no tocante “Moça com brinco de pérola”).....Enfim,um campo vastíssimo,com muito ainda a ser explorado.

Marilyn Monroe e JFK

FONTE:Estadão-14/02/2009

O pecado sempre morou ao lado de Marilyn Monroe e John Kennedy
Para François Forestier, escritor,a atriz era uma suicida em potencial e a morte do presidente é segredo da CIA

Ele era adorado por sua simpatia, destemor e saudável bronzeado, mas não passava de um homem egoísta, constantemente doente e maníaco sexual. Ela era amada pela estonteante beleza, carisma e sex-appeal, mas era uma mulher depressiva, viciada em remédios e de higiene quase inexistente. John Fitzgerald Kennedy (1917-1963) e Marilyn Monroe (1926-1962) ainda habitam o imaginário de milhões de pessoas como exemplos na política e no cinema. Mas não para o romancista e crítico de cinema francês François Forestier, que destrinchou a vida de ambos no livro Marilyn e JFK (tradução de Jorge Bastos, 216 páginas), que a editora Objetiva lança na terça-feira.

Durante seis anos, o maior símbolo sexual dos Estados Unidos e o senador que se tornou presidente tentaram manter em segredo um relacionamento amoroso. O caso não se tornou público por conta de precauções da imprensa, mas um farto material foi coletado pela espionagem da máfia, FBI e da inimiga KGB. Afinal, a América vivia a insanidade da Guerra Fria, o que justificava o voyeurismo do Estado, as chantagens, manipulações, eleições compradas e dinheiro ilícito.Forestier conta, logo na abertura do livro, que se valeu de um defeito crucial para ir fundo na pesquisa: uma má índole. De fato, o fel transborda em quase todas as páginas, na construção do retrato de um casal doentio.

Nascida Norma Jeane, Marilyn era uma manipuladora da piedade. Conhecida por comédias memoráveis como Quanto Mais Quente Melhor, ela era, na verdade, segundo Forestier, uma atriz egoísta, que não se importava com os colegas. Utilizava o sexo como forma de conquista, habitualmente acordando em lençóis estranhos. Também era viciada em remédios, que criavam um sono artificial e um universo fictício, que a levaram à morte.

Talhado para ser presidente da República pelo pai, Joe Kennedy, ele mesmo um homem racista e afundado em negócios sujos, John era um político que se esquivava de problemas importantes e se concentrava nas mulheres, inúmeras, que frequentavam sua cama, para sexo de, no máximo, 15 minutos. Terminou assassinado, caindo no colo da primeira-dama, Jacqueline, que suportava o adultério em troca da fama. Sobre essa face podre da América dos anos 1960, Forestier respondeu por e-mail às seguintes perguntas do Estado.

Como um chefe de Estado mantia relações sexuais com tantas mulheres, e, ao mesmo tempo, comandava uma nação?Naqueles dias felizes, todos os jornalistas e escritores estavam cientes do fato de que o presidente exagerava, traindo sua mulher como um louco. Mas eles se sentiam obrigados a não comentar nada. Quando um cidadão enviou fotos de JFK com outra mulher, nenhum jornal publicou. Quando Phil Graham, o chefão do jornal Washington Post, declarou publicamente que o presidente colecionava affaires e amantes, nenhuma revista divulgou. Havia um consenso: a vida privada do presidente estava além dos limites. Mas, como Kennedy conseguia governar o país, é um mistério. Como vivia doente, ele funcionava adequadamente apenas algumas horas por dia, tirando uma soneca às tardes e divertidas sestas à noite... Alguém disse que JFK gastou metade do seu tempo perseguindo as mulheres, e a outra metade pensando nisso. Acho que ele era muito rápido, com certeza.

No prólogo, você confessa ter a má índole necessária para escrever tal livro. Era preciso tanto assim?Sim. Se tentar dizer a alguém que Marilyn não era uma santa, mas uma mulher suja e manipuladora, você é olhado como louco. Se falar algo sobre a imoralidade de JFK, a mesma reação. Assim, para trazer a verdade, é preciso enfrentar preconceitos. E mau humor é um instrumento necessário. Sem isso, o jornalismo é possível. Meus melhores amigos são mal-humorados. Marilyn Monroe tinha fama de ser uma mulher inteligente.Não concordo. Ela era uma mulher astuta, mas para usar as pessoas, provocá-las, deixá-las enfeitiçadas por ela. Marilyn também não era profissional, deixava a equipe de filmagem esperando, não decorava suas falas e era totalmente inacessível. Não tinha respeito pelos colegas de trabalho. Fez também estranhas exigências para a Twentieth Century Fox e, quando se tornou produtora, foi péssima. Sua inteligência era um mito. Além disso, ela era mentalmente insana e, como atriz, logo decaiu. Acredito que, se vivesse mais alguns anos, Marilyn acabaria internada em uma clínica, como sua mãe.

Por seis anos, JFK e Marilyn se relacionaram. Era apenas sexo? A relação era sincera?Acredito que, no início, era apenas sexo. Eles se conheceram quando JFK era um senador (casado) e Marilyn, uma starlet. Kennedy era incapaz de amar e Marilyn, incapaz de sustentar uma relação. Ambos eram carentes de amor. Em todo caso, descobriram uma forma de relacionamento. Ela lhe deu sexo, que foi seu melhor presente uma vez que era frígida (ela disse isso a seu analista); ele retribuiu com um sopro de energia e de esperança. Os dois eram desiludidos. De alguma forma, encontraram um raio de luz, algo que, por breves momentos, pareceu ser amor. Talvez eles tenham tido, durante um segundo apenas, uma verdadeira história de amor.

Seu livro traz alguma novidade sobre a morte de Kennedy?Não, nenhuma. Mas traz novidade sobre sua vida: era um homem cuja moralidade era inexistente. Ele foi criado por um homem crente que o dinheiro podia comprar tudo e que seus filhos eram de uma casta superior. Um pai simpatizante do nazismo, além de gângster. Ele legou valores desvirtuados aos filhos. E suas filhas não eram nada. Quanto à morte do JFK, penso que houve uma diabólica aliança entre os exilados cubanos e a plebe. No mês anterior, houve dois atentados contra a sua vida, com o mesmo modus operandi: um atirador com experiência cubana e, à sombra, um grande chefão da máfia, provavelmente Carlos Marcello.

A política atual é diferente?Sim. Pense no escândalo Clinton-Lewinsky. E Clinton não fez nem uma fração do que JFK estava acostumado. Estranhamente, os americanos se preocupam com a vida privada de seus líderes. Quando pararem com isso (como acontece na França, onde ninguém dá atenção com quem Mitterrand ou Sarkozy dormiram), então, a era dos escândalos sexuais estará sepultada. Quanto às "relações políticas", no sentido político, não, nada mudou. Eles serão sempre políticos - nada confiáveis para cuidar de seu cão por uma noite.